quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Universidades nunca tiveram tantos calouros: são mais de 6 milhões em todo o país

Nunca o brasileiro buscou tanto se qualificar para conseguir um bom emprego. E o caminho tem sido o ensino superior. Para mostrar o percurso que o estudante do Rio faz até a universidade, o EXTRA está lançando o “Vida de Calouro”, projeto especial que servirá como uma bússula para orientação dos novatos no mundo acadêmico. De acordo com Censo da Educação Superior 2010, divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), os últimos dez anos marcaram um grande salto no número de alunos matriculados em instituições de nível superior no país. Em 2001, eram 3 milhões de estudantes; no ano passado, eles se tornaram 6,37 milhões.

– Hoje, sem educação, falta empregabilidade. Quando vejo um amontoado de gente sem fazer nada, tomando cerveja no bar, penso o quanto eles são um prejuízo fantástico. Estudando, podiam trazer mais renda para eles e tornar o Brasil mais competitivo. O país precisa desesperadamente disso, pois é a 7ª economia do mundo e a 70ª educação. Não há correlação entre o que o Brasil produz e o seu nível de escolaridade – explica o professor Antônio Freitas, membro do Conselho Nacional de Educação do MEC.

Segundo o professor, presidente do Plano Nacional de Educação (PNE) encerrado em 2010, a meta é que em 2020 haja 40 milhões de universitários no país. Para atender a essa demanda, o mercado universitário já vem se preparando: o boom das matrículas alimentou o crescimento da rede particular de ensino superior. O Censo mostrou que 74,3% dos universitários estudam em faculdades particulares (são 2.099 universidades privadas e 278 públicas). Para muitos brasileiros, entretanto, ainda é preciso rever conceitos a respeito destas instituições.

– Deve haver um movimento virtuoso de não discriminar as universidades privadas. Elas prestam um grande serviço, atendendo a um público que cresce muito: a nova classe média, que é o sustentáculo do Brasil. É bom para o aluno, bom para o país – defende Antônio Freitas.

Embora o surgimento de novas faculdades tenha criado um leque ainda maior de opções para os vestibulandos, as universidades privadas mais antigas também notaram um salto na procura por vagas em suas unidades.

– A Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, criada em 1919, mais que dobrou o número de alunos de 2005 para cá - observa Tânia Petersen Corrêa, diretora da FCPERJ, da Universidade Candido Mendes.

No “Vida de Calouro”, os estreantes dos bancos universitários receberão informações sobre as principais faculdades do Rio de Janeiro, suas instalações e cursos oferecidos; notícias sobre os últimos acontecimentos e novidades dos campus; e dicas de como encarar este ambiente de educação e socialização.



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