sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Para curtir o Fim de semana

De acordo com o Estudo da Demanda Turística Internacional, do Ministério do Turismo, o destino turístico brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros a lazer é o Rio de Janeiro (30,2%). No segmento de negócios, eventos e convenções, o Rio aparece como segundo destino mais visitado, com 24,7%, só perdendo para São Paulo.

Esse talento para receber bem seus visitantes capacitou a cidade para grandes eventos como a Jornada da Juventude Católica, em 2013; a Copa do Mundo, em 2014; e os Jogos Olímpicos, em 2016. Em 2015, a festa será da própria cidade, que completa 450 anos.

Aos turistas, então, uma sugestão: aproveitar o Rio como um carioca. Roupas leves e confortáveis, sandálias ou tênis, pouca coisa para carregar e vontade de caminhar e conhecer lugares e pessoas.

Porque o bom no Rio é aproveitar o calçadão de sua orla, por onde desfilam moradores anônimos e celebridades, dar uma volta na Lagoa Rodrigo de Freitas e se impressionar com o brilho do sol no espelho d’água, conhecer os jardins do Parque do Flamengo, com espécies nativas escolhidas por Burle Marx, bater perna na Cinelândia, e até sambar em plena Rua do Ouvidor, no Centro.

São programas bem cariocas, que qualquer turista vai adorar, principalmente se não faltar a parada no botequim para petiscos e chopes, ou na lojinha de sucos para uma água de coco e um açaí.

A maioria dos turistas ainda prefere se hospedar na Zona Sul, principalmente em Copacabana, onde há hotéis para todos os preços, desde os mais luxuosos, até os de categoria turística, sem contar os hostels, bem em conta.

No bairro do Flamengo também há hotéis de várias categorias, com a vantagem de o bairro ficar perto de Copacabana e do Centro. Já em Ipanema e Leblon, os hotéis são de alto nível.

Praia de Ipanema (Foto: Fabio Motta/AE)Praia de Ipanema (Foto: Fabio Motta/AE)

Esses bairros são servidos por várias linhas de ônibus e estações de metrô, que podem ser conferidas nos sites das empresas. No site www.abihrj.com.br da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Rio de Janeiro (ABIH-RJ) existe a relação de hotéis conveniados na cidade.

Praias
Uma vez feita a escolha de hospedagem, resta aproveitar o dia. Primeiro passo, praia. Na extensa orla de Copacabana, os frequentadores são moradores tradicionais do bairro e muitos turistas. Em direção ao Leme, a praia vai ficando mais exclusiva para os moradores e para quem procura mais tranquilidade na grande faixa de areia.

Ao longo do calçadão, muitos quiosques convidam para a cerveja ou a água de coco. Há inclusive quiosques de restaurantes tradicionais que servem refeições. Mas quem quiser emendar a praia com o almoço, basta atravessar as pistas da Avenida Atlântica e escolher entre os muitos restaurantes com amplas varandas na calçadas, apropriadas a quem está vestido de forma bem informal.

Área de lazeer no Parque Dois Irmãos (Foto: Lilian Quaino/G1)Jardim no Parque do Penhasco Dois Irmãos
(Foto: Lilian Quaino/G1)

Já em Ipanema, o viajante vai encontrar uma linda orla que reúne várias tribos: o ponto chique e familiar no Posto 10, em frente ao Country Club; o ponto de encontro de jovens, no Posto 9; e o espaço livre da comunidade gay, no Posto 8, em frente à Rua Farme de Amoedo.

Na ponta da praia, no Arpoador, todas as tribos se reúnem para o espetáculo do pôr-do-sol, tradicionalmente aplaudido pelos cariocas que, com a chegada do verão, aproveitam o mar até tarde da noite.

Na sequência de Ipanema, vem o Leblon, bairro nobre, que reúne nas areias de sua praia moradores tradicionais e celebridades, que escolheram as ruas calmas do bairro para morar.

É o paraíso dos paparazzi que não deixam escapar os cliques de artistas com seus filhos passeando no calçadão aos domingos. Ainda pouco explorado por cariocas e visitantes, o Parque do Penhasco Dois Irmãos, no Alto Leblon, é perfeito para curtir o pôr do sol.

Ocupando uma área de 140 metros quadrados, oferece trilhas de terra, um pequeno teatro de arena, quadra de futebol e playground. Bem conservado e de fácil acesso, para chegar lá basta subir pela Rua Aperana, no Alto Leblon.

Pedalinhos nas águas mansas da Lagoa Rodrigo de Freitas (Foto: Perla Rodrigues/G1)Pedalinhos nas águas mansas da Lagoa Rodrigo
de Freitas (Foto: Perla Rodrigues/G1)

Outro bom programa para a manhã de domingo é dar uma volta na Lagoa Rodrigo de Freitas, que abrange tanto Ipanema como Leblon. Há muitas atrações em sua orla principalmente para as crianças, que contam com muita área verde, brinquedos, pedalinhos (a R$ 20 a meia hora).

À noite, a tradicional e cada vez mais exuberante árvore de natal, inaugurada no sábado (26) é uma atração que emociona toda a família.


Restaurantes

Copacabana, Ipanema e Leblon são ricos em bares tradicionais da antiga boemia, e restaurantes de alto padrão. Em Copacabana, pode-se escolher entre os tradicionais restaurantes da orla, que servem peixes e frutos do mar, como o Pigalle, ou bares de grandes redes com Manuel e Juaquim e Belmonte, que oferecem chope gelado, comida farta e petiscos saborosos.

No Leblon, a Rua Dias Ferreira é quase toda de restaurantes, dos mais variados estilos e preços, desde o caseiro Cantinho do Leblon ao requintado Sushi Leblon. Em Ipanema, o turista pode se aconchegar na simplicidade do tradicional Garota de Ipanema, após a praia, ou apreciar a alta gastronomia de um Gero.

Comércio
O comércio dos bairros também é variado e, enquanto em Copacabana se encontra toda a variedade de lojas, inclusive a de suvenires para turistas, e aquelas com produtos a preço de fábrica, a Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, e a Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, oferecem vitrines das mais famosas e caras grifes.

Mas quem quiser conforto e variedade pode procurar shoppings como o RioSul, em Botafogo, o maior da Zona Sul. Vale a pena pegar o metrô, com conexão de ônibus para a Barra e conhecer o Barrashopping, onde além da variedade de lojas, encontra-se filiais de requintados restaurantes.

Outra opção de shopping, que pode sair mais em conta, é o Nova América, na Zona Norte, que oferece a versão outlet de famosas marcas, além de reunir numa réplica de uma rua do Rio antigo bares e restaurantes com música ao vivo. Para chegar lá, basta pegar o metrô na direção da Pavuna e descer na estação Del Castilho, que é praticamente dentro do shopping.

Uma atração que mostra o espírito de integração do Rio de Janeiro é a Saara, o mercado popular no Centro, originário de imigrantes árabes e judeus, que atrai consumidores de todas as classes em busca de novidades e bons preços em suas mais de 600 lojas. A opção de transporte é o metrô, saltando na estação Uruguaiana. Conheça o site: www.saarario.com.br

O Morro da Urca, primeira parada do bondinho, e atrás o Pão de Açúcar (Foto: Perla Rodrigues/G1)O Morro da Urca, primeira parada do bondinho, e atrás o Pão de Açúcar (Foto: Perla Rodrigues/G1)

Pontos turísticos
O Pão de Açúcar e o Corcovado são pontos turísticos tradicionais mas imperdíveis, até mesmo para os cariocas, que no verão sobem o Morro da Urca para os mais animados shows e festas.

O trenzinho que leva ao Cristo Redentor sai da estação da Rua Cosme Velho 513, no bairro do mesmo nome, na Zona Sul, a cada meia hora, das 8h30 às 19h, e funciona de segunda a domingo. A viagem dura 20 minutos. A passagem de ida e volta custa R$ 43 para adultos e R$ 21 para crianças de 6 a 12 anos. A viagem é de graça para menores de 6 anos. Mais informações pelo telefone 2558-1329 ou no site www.corcovado.com.br

O bondinho do Pão de Açúcar, que este ano completou 99 anos, parte da estação da Urca, bairro da Zona Sul, a cada 20 minutos, ou quando atingir a capacidade máxima de 65 pessoas. A bilheteria abre às 8h e fecha às 19h50. Os adultos pagam R$ 53; crianças de 6 a 12 anos, R$ 26; e crianças abaixo de 5 anos viajam de graça. Para mais informações basta ligar para 2546-8400 ou visitar o site www.bondinho.com.br

Na orla da Urca, a murate se torna mesa de bar (Foto: Lilian Quaino/G1)Na orla da Urca, a mureta se torna mesa de bar
(Foto: Lilian Quaino/G1)

Uma vez na Urca, bairro estritamente residencial, que mais parece uma cidade do interior, vale a pena conhecer sua acolhedora orla, com uma mureta que serve de abrigo para pescadores e até como mesa de pequenos bares que não conseguem abrigar todos os fregueses em seu interior.

Jardins exuberantes
Outro marco da natureza exuberante da cidade é o Parque do Flamengo, que tem como maiores atrações os jardins criados pelo paisagista Burle Marx com plantas nativas.

Entre os jardins, são quilômetros de ciclovias e vias para caminhadas que podem levar até o Aeroporto Santos Dumont, passando pela linda paisagem dos barcos ancorados na Marina da Glória, pelo Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, e pelo Museu de Arte Moderna.

Aterro do Flamengo (Foto: Pedro Kirilos/Riotur)Aterro do Flamengo (Foto: Pedro Kirilos/Riotur)

Ao longo do caminho, seja pelo parque ou pela orla da Praia do Flamengo, há quiosques para matar a sede com a boa água de coco.

Vale a pena atravessar a passarela em frente ao Outeiro da Glória e conhecer a igrejinha que é considerada uma jóia da arquitetura setecentista, e um dos maiores patrimônios da arquitetura colonial religiosa brasileira.

A Cinelândia com o Theatro Municipal ao fundo (Foto: Lilian Quaino/G1)A Cinelândia com o Theatro Municipal ao fundo (Foto: Lilian Quaino/G1)

A grandeza do Centro
Do bairro da Glória à Cinelândia é um passo para conhecer a grande praça que reúne importantes prédios que são verdadeiros monumentos como a Câmara dos Vereadores, o Theatro Municipal, o Museu de Belas Artes, a Biblioteca Nacional e o tradicional Cine Odeon, o último dos grandes cinemas construídos na Cinelândia, em 1932, hoje recuperado e sede do Festival do Rio. Para recuperar o fôlego, a opção é sentar-se no Amarelinho ou no Verdinho, dois tradicionais restaurantes com mesas nas calçadas que têm comida boa e farta e chope gelado.

Quem não quiser ir à Cinelândia a pé, pode usar o metrô, que tem uma estação bem na praça. Ali perto da Cinelândia, fica a Lapa, o antigo reduto boêmio, que, revitalizado, voltou a ser ponto de encontro de quem gosta da vida noturna. São dezenas de opções de bares e casas de samba, tudo no clima informal e alegre bem ao jeito carioca. A escolha pode ser feita a partir do site www.lanalapa.com.br.

Mas o samba não é só à noite. Acontece também à tarde na Rua do Ouvidor, no Centro antigo, próximo à Praça Quinze. A rua estreita fica lotada de mesas e cadeiras com gente de todas as idades que se reúne para apreciar jovens artistas renovando o tradicional samba.

Num voo de asa delta, toda a beleza da natureza do Rio (Foto: Perla Rodrigues/G1)Num voo de asa delta, toda a beleza da natureza do Rio (Foto: Perla Rodrigues/G1)

Emoções radicais
Depois de muito andar, quem tem gosto pela aventura pode voar para ver as maravilhas do Rio lá do alto. Subindo pela Estrada das Canoas, em São Conrado, na Zona Sul, chega-se à rampa de saltos de asa delta e parapente, na Pedra Bonita, que integra o Parque Nacional da Tijuca.

Prainha, uma praia quase selvagem com ondas perfeitas para o surfe (Foto: Perla Rodrigues/G1)Prainha, uma praia quase selvagem com ondas
perfeitas para o surfe (Foto: Perla Rodrigues/G1)

O pouso é na Praia do Pepino, em São Conrado. Um voo pode durar de 12 a 30 minutos e não é preciso ter experiência para voar com um piloto. Vários sites oferecem o serviço.

Após o voo, para continuar no clima de aventura, uma opção é seguir para o mirante da Prainha, na Zona Oeste da cidade. O visitante vai passar pelas praias da Barra da Tijuca, do Recreio dos Bandeirantes e da Macumba.

Mais adiante, fica a Prainha, conhecida pelas suas ondas perfeitas para o surfe, que recentemente atrairam os integrantes da banda americana Red Hot Chilli Peppers. Em frente à Prainha, fica o Parque Municipal Ecológico da Prainha.

Fonte: http://g1.globo.com/

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